domingo, 8 de abril de 2007

da força da terra.

Minha naturalidade: Perco-me no que sou à procura de um sentido para ser. E na artificialidade de encontrar algo, vejo ir ralo a baixo minha tão necessária naturalidade. Para fazer entender meus momentos, largo tudo no meio do nada... Me largo, me deixo.
Só.
Minha natureza: O que sou? Algo com um pouco de consciência e muito de inconseqüência. Que ora é paixão ora um cadáver seco que nem se importa em existir, pois... Um defunto ainda se preocupa com sua existência? Ou inexistência?
Meu lar: A que buraco pertenço? Devo cavar até chegar ao oco do mundo, e quem sabe aquele vazio não me complete não me ampare. Fico a procura de algo assim: que seja meu. Mas não há mais espaço, o mundo está cheio, e onde não tem pessoas tem a energia delas me azucrinando, me incomodando, como se me impedissem de respirar.
Meu lugar: Um lugar que possa ser chamado de, finalmente, lar. Ou meu. Aquele lugar vazio que eu sempre tento entrar, mas há algo além do que portas e trancas. Há um muro de areia que não posso ultrapassar, além de alto, se esbarro... É capaz d’ele desfazer-se em cima de mim, e deixar ali a minha cova, o meu buraco ou meu lar... Mas daí talvez seja mesmo meu.

Um comentário:

  1. Há um vazio estranho entre o diafrágima e o topo do meu peito, ele as veses aperta, retrai e se espande, quase nunca se espande, quando se espande este fazio parece tudo, pleno, vc me entende?
    Mas quando retrai, dói é oco, é silencio, parece triste mas não me sinto triste, só vazio, e procuro saber onde é que acho algo que preencha este meu vazio. Nas pessoas, na comida, no sexo, no trabalho arduo, na solidão, na meditação, na mentira, na poesia, na arte, o que é que preenche isto, é uma peça de quebra cabeça, o que é...se por acaso descobrir, vc ou qualquer outra pessoa, me diga, me ensine, compartilhe comigo seus passos...só pra ver se se assemelha aos meus!!!

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Ah, o doce gosto de sempre podermos opinar!