Só.
Minha natureza: O que sou? Algo com um pouco de consciência e muito de inconseqüência. Que ora é paixão
ora um cadáver seco que nem se importa em existir, pois... Um defunto ainda se preocupa com sua existência? Ou inexistência?
ora um cadáver seco que nem se importa em existir, pois... Um defunto ainda se preocupa com sua existência? Ou inexistência?
Meu lar: A que buraco pertenço? Devo cavar até chegar ao oco do mundo, e quem sabe aquele vazio não me complete não me ampare. Fico a procura de algo assim: que seja meu. Mas não há mais espaço, o mundo está cheio, e onde não tem pessoas tem a energia delas me azucrinando, me incomodando, como se me impedissem de respirar.
Meu lugar: Um lugar que possa ser chamado de, finalmente, lar. Ou meu. Aquele lugar vazio que eu sempre tento entrar, mas há algo além do que portas e trancas. Há um muro de areia que não posso ultrapassar, além de alto, se esbarro... É capaz d’ele desfazer-se em cima de mim, e deixar ali a minha cova, o meu buraco ou meu lar... Mas daí talvez seja mesmo meu.
Há um vazio estranho entre o diafrágima e o topo do meu peito, ele as veses aperta, retrai e se espande, quase nunca se espande, quando se espande este fazio parece tudo, pleno, vc me entende?
ResponderExcluirMas quando retrai, dói é oco, é silencio, parece triste mas não me sinto triste, só vazio, e procuro saber onde é que acho algo que preencha este meu vazio. Nas pessoas, na comida, no sexo, no trabalho arduo, na solidão, na meditação, na mentira, na poesia, na arte, o que é que preenche isto, é uma peça de quebra cabeça, o que é...se por acaso descobrir, vc ou qualquer outra pessoa, me diga, me ensine, compartilhe comigo seus passos...só pra ver se se assemelha aos meus!!!